sexta-feira, 24 de julho de 2009

Profissão: irmã mais velha



Em setembro de 2008, depois de ter trabalhado durante 1 ano na agência de Intercâmbio CI - Maringá, decidi que era hora de conhecer a Europa pelas minhas próprias experiências.

Queria sentir, aprender, provar, me permitir. Queria conhecer o tal do velho Continente pelas minhas próprias impressões e não ter um conceito formado, apenas pelo o que os outros me contavam. Assim, depois de algum tempo tentando decidir qual seria a "melhor" opção, decidi encarar o desafio de ser Au pair na Holanda durante 12 meses.

O interesse pelo programa surgiu após orientar várias meninas (apesar de haver países que meninos podem participar) e perceber que a grande maioria, ficava muito satisfeita com a experiência. Depois de receber tantos retornos positivos, alguns "muito obrigada" e ver que, com um baixo custo, era possível viajar tanto, comecei a me questionar se não era hora de abandonar a vida de "fada madrinha" e fazer com que meus próprios sonhos também se tornassem reais.

Basicamente, ser Au pair consiste em morar com uma família hospedeira, tomar conta das crianças enquanto os pais estão ausentes, vivenciar uma nova cultura, melhorar (e aprender) idiomas, conhecer novos lugares e pessoas. Tudo isso, recebendo em euro!

Me empolguei tanto com esta idéia, que em pouco tempo, me despedi de tudo o que me prendia no Brasil para dar as boas-vindas a um novo país, uma nova família, um outro idioma, uma diferente realidade.

Confesso que no começo, como já era previsível, não foi nada fácil. O fato de ter que gerenciar o cotidiano de 2 crianças, que nem sequer falavam algum dos idiomas que eu havia estudado (inglês, espanhol, francês ou italiano), me assustou MUITO! Não compreendia o porquê eles choravam e eles não me entendiam quando eu os corrigia. Mas, eu não poderia culpá-los, afinal, eu que tinha a obrigação de me adaptar, de entender as diferenças, de me inserir na cultura holandesa, incluindo assim, o aprendizado da língua.

Não foram necessários, porém, muitos dias para que eu comprovasse que com paciência, respeito e algumas mímicas, tudo ficava mais claro para ambos os lados. Eu continuava sem entender o que eles diziam, mas era impossível não entender o que significavam os abraços, os beijos, os sorrisos.

E aos poucos, eu aceitei não apenas o papel de au pair, mas também conquistei o "cargo" de irmã mais velha. E o que antes era minha obrigação, tornou-se a minha mais doce rotina...

2 comentários:

  1. Minha querida Bia,
    Adeus e jamais, nunca podemos dizer! O dia de ontem passou mas amanhã, a Deus pertence. O que é seu será sempre seu e de mais ninguém! O que tiver de passar, só você poderá vivenciar e ninguém mais! Você cresceu, amadureceu, chorou, sorriu, sofreu a saudade, agora, vai ter de decidir a sua vida. Não é fácil, mas a vida é feita de escolhas e não podemos ter tudo! Que Deus te ilumine sempre!
    Beijos da prima que te ama e torce por ti!
    Neide

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  2. Fada Madrinha é ótimo!
    Elton.

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