Como o próprio site descreve, o "CouchSurfing é uma rede mundial para fazer conexões entre viajantes e as comunidades locais que eles visitam". Portanto, se você é uma pessoa flexível, que não se importa com o conforto da hospedagem, mas sim em conhecer novos lugares e pessoas, esta é uma ótima maneira para fazer amigos e economizar uma graninha.
Veneza, Roma, Milão, Budapeste, Luxemburgo, Atenas, Amsterdam, Praga, Viena, Sofia, Zurique, Istanbul foram apenas alguns dos destinos, em que eu pude ser hospedada por nativos, fazer novas amizades, aprender um pouco mais da cultura e visitar locais incríveis que não são sugeridos em guias turísticos. Através do CouchSurfing eu pude, mais do que conhecer lugares famosos, vivenciar realmente, pelo menos um pouquinho, o cotidiano e os costumes de diferentes povos.
Dentre tantas experiências positivas, houve uma, no entanto, que me marcou muito: Santorini. Algumas semanas antes do meu embarque, consultei a ferramente de pesquisa do site e constatei que havia apenas 6 pessoas cadastradas, morando na paradisíaca ilha grega. Com pouca esperança de que algum me respondesse, já que era alta temporada, época em que os gregos tiram férias, resolvi, mesmo assim, solicitar hospedagem a todos eles. Afinal, o máximo que poderia acontecer era não obter respostas. Para o meu espanto, porém, no mesmo dia em que eu havia escrito as mensagens recebi o retorno de um deles.
Alex escreveu que estava disponível para me hospedar durante o período solicitado. Mal pude acreditar! Afinal, além de Santorini ser um dos destinos mais caros do mundo, a demanda de "surfers" na ilha é enorme, em relação à quantidade de pessoas que estão disponíveis a hospedar. Sem hesitar, confirmei com ele minha ida e passei os detalhes da minha chegada!
Foram 5 horas de Ferry boat de Atenas à Santorini. Quando cheguei na ilha vulcânica fiquei, literalmente, de boca aberta. As pedras de coloração escura, com as famosas casinhas brancas, contrastavam com o azul intenso do mar. Só não era confundido com o céu, pois as ondas brancas limitavam as fronteiras. Lembrei das cores da bandeira grega, branca e azul, e admirando aquela paisagem, pensei ter descoberto o motivo da escolha de tal cores.
Fui interrompida do meu devaneio, apenas quando Alex, que já me esperava no porto, veio me chamar. Fomos devidamente apresentados e logo em seguida, fomos dar uma volta pela ilha de moto. Enquanto eu me deslumbrava com o lugar, ria internamente em pensar o que minha família e meus amigos diriam, se soubessem que eu estava ali, já na garupa de um desconhecido.
Alex era o DJ mais famoso de Santorini. Ele migrava, anualmente, durante o verão, para tocar nas ilhas mais badaladas da Grécia. Durante os 4 dias da minha estadia, fui a diversas festas como convidada VIP, passei muitas tardes na praia, conheci muita gente interessante, experimentei a culinária local e até mesmo fui contratada, por indicação do host, como Bar Woman de um dos bares mais conhecidos dali. Como eu me diverti naquela ilha!
Hoje relembrando todos os ótimos momentos que vivi, graças a todas as pessoas que gentilmente abriram a porta de suas casas para mim, percebo que muito mais do que aprender com as diferenças, eu pude, principalmente, ter certeza que ainda podemos confiar nas pessoas. Mas não porque você as conhece ou porque conquistaram sua confiança. Confiar porque, simplesmente, todo ser humano deveria ser, por natureza, honesto.
Utópico? Pode até ser. Mas você só conseguirá sentir o que eu senti, se você também se permitir e experimentar...
Bia....li os relatos das suas viagens e meu....escreve um livrooo!!!! Cara, eu viajo nas suas descrições....dá até pra se sentir no lugar, sem brincadeira....rsrsrs....
ResponderExcluirMta experienciaa....bacana!!!! Já virou cidadã do mundo! Felicidades e mtas conquistas pra vc! Bjs